Descubra como combater a insônia

A hora de dormir realmente é maravilhosa, mas esse momento tranquilo e relaxante acaba sendo um pesadelo para quem sofre de insônia. Ela se deve a diversos fatores e indica que algo não está indo bem e necessita ser observado.

A insônia é caracterizada por uma incapacidade de iniciar e/ou manter o sono ou devido a um despertar mais cedo do que o planejado. O transtorno chega a atingir até 35% dos brasileiros, de acordo com o Instituto do Sono. O paciente que sofre com a insônia, além de passar horas na cama tentando retomar o sono, acaba tendo que lidar com diversas consequências oriundas das noites mal dormidas.

Segundo Victor Calil (CRM: 958166-RJ), neurologista do Hospital Rios D’Or o quadro de insônia é classificado com base no período de sua permanência. “Quando a insônia dura menos de três meses, dizemos que é um quadro transitório. Mas, se ocorre por mais tempo, é considerada como insônia crônica. Baseados nisso, definimos a causa e o tratamento mais adequado para cada paciente.”, destaca o médico.

O especialista esclarece que quando a insônia é transitória, está relacionada com eventos estressantes do dia-a-dia, como problemas financeiros, conjugais ou de trabalho. A troca de travesseiro, colchão ou a mudança do ambiente onde se dorme, também podem gerar o problema durante um tempinho. Porém, se a insônia permanece por mais de três meses, é necessária uma avaliação clínica. “Algumas condições médicas como depressão, ansiedade e distúrbios do sono como a apneia obstrutiva também podem influenciar no sono. Em algumas pessoas, por outro lado, a insônia ocorre sem causa aparente e pode até ter origem genética”, explica Calil.

O sono inadequado tem repercussões no dia-a-dia. Isso porque o paciente com insônia pode ter irritabilidade, esquecimento, ou dificuldade de concentração para realização de suas tarefas diárias. O que pode comprometer a performance da pessoa no trabalho, ou nos relacionamentos pessoais. Para auxiliar no tratamento da insônia, algumas dicas são:

• Tentar não mudar muito o horário de dormir e de acordar todos os dias;

• Evitar bebidas com cafeína ou com álcool próximo da hora de dormir;

• Evitar o uso de dispositivos que forneçam luz artificial perto da hora de dormir, como smartphones e e-books;

• Ajustar o ambiente em que se dorme, tornando-o mais confortável, escuro e silencioso;

• Tentar não ficar se forçando a dormir ("fritando na cama"). Quando a pessoa não consegue dormir em 10-20 minutos o ideal é mudar de cômodo e realizar alguma atividade relaxante;

• Evitar cochilos durante o dia;

• Medicamentos para dormir podem ser usados em algumas situações mais extremas, mas sempre por curtos períodos e sob orientação médica.