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Estafa: causas e sintomas




O excesso de tarefas do dia a dia pode contribuir para o desenvolvimento da estafa, um quadro de origem emocional ou física, que se caracteriza pela sensação de esgotamento mental.


Os principais sintomas da estafa incluem cansaço excessivo, irritabilidade, desesperança, solidão, alterações de apetite, impaciência, sintomas depressivos, insônia, sensação de nervosismo, desilusão, evitação de atividades relacionadas ao trabalho, queda de rendimento profissional e sensação de que tudo que é feito não tem valor. Podendo também incidir sintomas físicos, como tensão muscular, dores de cabeça ou pelo corpo e enjoo.

A estafa pode ser causada por fatores orgânicos ou psicossomáticos e é muitas vezes confundida com o estresse, que é crônico e persistente sendo o principal fator para o surgimento da doença, embora não signifiquem a mesma coisa. Quando a doença ocorre no ambiente de trabalho, ela é chamada de Síndrome de Burnout.


Segundo o psiquiatra do hospital Barra D’Or, Felipe Duque Estrada Santos (CRM 52-95826-3), diversos fatores que podem influenciar no desenvolvimento da doença. “Alguns deles estão relacionados ao indivíduo, como resiliência ao estresse crônico, padrões de personalidade, gênero, bem como fatores genéticos ainda não completamente entendidos. Sobreposto a isto, há o estresse crônico relacionado ao emprego ou desemprego. Entre eles, o excesso de carga de trabalho, elevado número de horas trabalhadas, cobrança exagerada, comunicação ineficiente, sentimentos de injustiça e iniquidade, conflitos interpessoais, entre outros”, esclarece.


O médico ressalta que, se não tratada, a estafa pode evoluir para quadros mais graves, como o desenvolvimento de outras doenças psiquiátricas, principalmente depressão, transtornos de ansiedade, alcoolismo, dependência química, transtornos psicossomáticos e dissociativos, além do aumento do risco de suicídio. “Geralmente o principal pilar para o tratamento é o afastamento da fonte do estresse crônico e persistente com psicoterapia associada. Em alguns casos, pode ser necessário o emprego de medicações, geralmente antidepressivos e/ou ansiolíticos”, orienta Santos alertando que é indispensável que o paciente procure um psiquiatra ou psicoterapeuta para o tratamento.


O especialista revela que, apesar de ser muitas vezes subdiagnosticada e tratada como “frescura”, preguiça ou falta de compromisso com o trabalho, a estafa é um problema real de saúde pública que já acomete grande parcela da população e sua incidência tem crescido nos últimos anos devido ao aumento do ritmo de trabalho e cobranças.

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