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Jejum intermitente realmente funciona?




O jejum é uma prática a qual o corpo é submetido a uma diminuição da frequência alimentar. Essa modalidade de intervenção nutricional é vista em muitas religiões, como por exemplo a muçulmana, na qual durante o período chamado de Ramadã, os muçulmanos permanecem sem se alimentar durante o dia, só vindo a se alimentar à noite, perdurando por um mês.


Todas as pessoas são expostas diariamente ao jejum durante o período noturno, e o nosso corpo sabe se adaptar a esse intervalo de restrição calórica, isso é fisiologia. Atualmente, com as dietas da moda, essa prática entrou em evidência e tem sido adotada por diversas pessoas que almejam a perda de peso, por acreditarem em uma redução rápida de massa corporal associada a benefícios à saúde. Na nutrição, denominamos essa prática de Jejum intermitente.


O jejum intermitente consiste em uma intervenção nutricional extrema, com ausência total de alimentos ou com redução de 60% ou mais do valor calórico total. Existem diversos protocolos de jejum intermitente, tais como: jejum completo em dias alternados, jejum modificado, restrição de tempo de alimentação, jejum religioso, jejum do Ramadã, método 16/8, método de jejum completo e dieta 5:2.


Falando de cada uma delas temos:


• Jejum intermitente em dias alternados: Prática que consiste em alternar dias em que se alimenta com dias que se jejua.


• Jejum modificado: Neste caso, a prática permite o consumo de cerca de 500 Kcal por dia. O 5:2 é bastante utilizado e consiste em usar 5 dias para esse cardápio irrestrito de 500 Kcal e 2 dias de jejum.


• Restrição de tempo de alimentação: Prática que alterna horas seguidas sem comer com janelas de alimentação, tudo no mesmo dia. Um exemplo é pular o café da manhã, pondo o almoço às 14 horas.


• Método 16/8: Prática que permite que durante 8 horas seja permitida a prática alimentar e nas outras 16 horas o jejum.


• Método de jejum completo: Prática na qual a pessoa escolhe de 1 a 2 dias para realizar o jejum, ou seja , ficar o dia todo sem se alimentar.


A redução da massa gorda, muito vista nesses pacientes que adotam esse tipo de prática de intervenção nutricional, é ocasionada pela diminuição da caloria consumida. Vamos entender que o corpo é uma máquina. Essa máquina para funcionar bem, precisa por exemplo de 2000 Kcal. Se a alimentação da pessoa for restringida para apenas 500 Kcal, como por exemplo no Jejum modificado 5:2, teremos um déficit de 1500 Kcal. Essa energia que não está sendo absorvida será pega de outro lugar para as funções vitais do corpo, então o corpo mobiliza das suas reservas adiposas para cobrir esse déficit de 1500 Kcal, por isso o emagrecimento. Como benefício do jejum temos: Melhora a resistência insulínica, emagrecimento, prevenção de doenças cardíacas, prevenção de doenças neurodegenerativas e maior praticidade e economia.


Vale lembrar também que esse período de restrição calórica gerará um estresse metabólico no organismo, produzindo radicais livres que por sua vez podem ter efeito deletério ao corpo, por isso, o uso de antioxidantes nesse processo é de extrema importância, pois ajudará na neutralização desses radicais. Encontramos antioxidantes em alimentos, como frutas, verduras, legumes, oleaginosas e castanhas, assim como podemos suplementar em forma de cápsulas.


Portanto, antes de escolher fazer o jejum intermitente, procure um nutricionista e sane todas as suas dúvidas com o profissional. Se não feito de uma maneira correta, seguindo o protocolo, poderá ter efeitos contrários ao esperado. Explique como se sente em relação ao seu corpo e o que você espera como resultado com esses protocolos. Vai dar certo! Em caso de desidratação, hipoglicemia, fraqueza muscular e dificuldade de concentração, sintomas muito vistos em pacientes sob a prática dessa intervenção nutricional, procure seu nutricionista para este avaliar se vale a pena dar continuidade ou não, e se não valer, este vai procurar outras estratégias para atingir o seu objetivo.





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