Menopausa precoce aumenta risco de doenças
Atualizado: 24 de jun. de 2021
Mulheres que têm menopausa prematura estão mais propensas a desenvolver problemas de saúde, é o que mostrou um estudo divulgado em janeiro pelo periódico científico Human Reproduction.
A menopausa é a fase biológica da vida das mulheres marcada pelo fim da menstruação, ocorrendo fisiologicamente com a diminuição da produção pelos ovários dos hormônios estrogênio e progesterona. “Só é possível fechar o diagnóstico após um ano de ausência da menstruação. A média de idade da menopausa da população brasileira é de 50 anos, porém, no climatério, fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, os sintomas como ondas de calor (fogachos), irritabilidade e labilidade de humor, dificuldade para dormir, menstruação irregular, entre outros, podem surgir com maior ou menor intensidade. Caso o climatério ocorra antes dos 40 anos, consideramos como menopausa precoce”, explica João Marcelo Guedes (CRM: 75854-0), coordenador de ginecologia do Hospital Rios D'Or.
Segundo o médico, vários fatores externos podem contribuir para a ocorrência da menopausa precoce, tais como tabagismo, tratamentos de quimioterapia e radioterapia, cirurgia ovariana, além de síndromes cromossômicas. Porém, o principal deles é o histórico familiar.
Associada a outros fatores, a menopausa prematura pode ser prejudicial à saúde. “Além de a mulher ver interrompido o desejo de engravidar, a chegada precoce dessa condição pode gerar o aumento do risco de osteoporose e doenças cardiovasculares, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto e hipertensão, que costumam ocorrer com a queda da produção de hormônios”, expõe o ginecologista. Segundo Guedes, para reduzir a probabilidade de riscos à saúde, a terapia de reposição hormonal deverá ser realizada, desde que não haja contraindicação.
Hábitos de vida saudáveis podem contribuir para retardar a menopausa. Entre eles estão: prática de atividade física, ter alimentação equilibrada, não fumar e nem consumir bebida alcoólica. “No caso da alimentação, há estudos que propõem uma dieta que inclua mais fontes de zinco e vitamina B6. No primeiro caso estão alimentos como oleaginosas, leguminosas, carne, camarão e os pescados em geral. Já no segundo, milho, feijão e batata, por exemplo”, orienta o médico.
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